Quanto Custa Manter um Carro Elétrico em 2025 no Brasil
Neste artigo você encontrará números reais, cálculos práticos e comparativos para entender — com clareza — quanto custa manter um carro elétrico no Brasil em 2025. Vamos abordar compra, recarga, manutenção, impostos, seguro, bateria, economia no longo prazo e também os “custos ocultos”.
ELÉTRICOS NO BRASIL
10/5/202514 min read


A eletrificação da frota brasileira deixou de ser apenas promessa: em 2024 o mercado de veículos eletrificados do Brasil cresceu de forma expressiva, com reportes mostrando um salto significativo nas vendas ano a ano. Dados compilados por associações e veículos do setor apontam que o total de veículos eletrificados (híbridos e 100% elétricos) saiu de algo em torno de 93,9 mil em 2023 para cifras bem maiores em 2024 — reflexo da aceleração em infraestrutura, novas opções de modelos e políticas locais de incentivo.
Ainda assim, uma das dúvidas mais comuns de quem pensa em migrar para um veículo elétrico é prática e direta: “Quanto vou gastar por mês e ao longo dos anos?” Neste artigo vamos destrinchar essa pergunta com números, exemplos (especialmente usando modelos populares como o BYD Dolphin), simulações de recarga, comparações com um carro a gasolina/flex e explicações sobre impostos, seguro e substituição de bateria. Ao final você terá uma visão realista — tanto dos custos iniciais quanto da economia no longo prazo — e ferramentas para decidir se o elétrico faz sentido para o seu perfil.
O custo real de ter um carro elétrico (compra e infraestrutura)
Preço de compra (2025)
Os preços dos elétricos no Brasil variam bastante: há opções de entrada (compactos) até SUVs e sedãs premium. Como parâmetros práticos, em 2025 o BYD Dolphin — um hatch elétrico bastante popular no mercado nacional — é encontrado em faixas próximas a R$ 139.800–R$ 159.990 em anúncios e catálogos oficiais, dependendo da promoção e versão. Já modelos como o GWM ORA 03 ou versões mais completas podem facilmente situar-se na faixa R$ 169–187 mil; modelos premium (Volvo, Tesla importado, etc.) superam R$ 250 mil facilmente. Esses preços são importantes porque influenciam IPVA, seguro e depreciação.
> Como isso impacta o custo total: o investimento inicial em um elétrico tende a ser maior do que um carro popular a combustão — porém será compensado (parcial ou totalmente) por menores custos de energia e manutenção ao longo do tempo, dependendo do uso.
Custo de instalação de um carregador residencial (wallbox)
Ter um ponto de recarga em casa (wallbox) é hoje o padrão para quem usa o carro diariamente. O custo de instalação de um wallbox no Brasil em 2024–2025 varia bastante por empresa, potência do equipamento e infra-estrutura elétrica do imóvel. Pacotes “completos” que incluem o carregador e a instalação técnica costumam variar em anúncios entre R$ 2.500 e R$ 8.000 (para instalações residenciais padrão). Um wallbox isolado (apenas equipamento) costuma custar entre R$ 3.000 e R$ 7.000, enquanto a instalação pode acrescentar R$ 1.000–R$ 3.000 dependendo da distância do quadro elétrico, necessidade de cabeamento e mudanças no quadro.
Custos de energia elétrica residencial (tarifa por kWh)
O preço da eletricidade residencial no Brasil costuma variar por concessionária e estado; em levantamentos de 2025 a tarifa média residencial nacional aparece na casa de R$ 0,80–R$ 0,90 por kWh (valor de referência usado por várias calculadoras e estudos do setor). Em alguns lugares pode ficar abaixo de R$ 0,80; em outros, por causa de bandeiras tarifárias e reajustes, pode ultrapassar R$ 1,00/kWh. Para nossos cálculos práticos abaixo usaremos um valor de referência plausível (R$ 0,88/kWh), mas também mostraremos como o resultado muda com tarifas maiores ou menores.
Simulação prática: quanto custa rodar 1.000 km com um elétrico (ex.: BYD Dolphin) vs carro a gasolina (12 km/l)
Parâmetros usados (exemplo):
Modelo elétrico: BYD Dolphin — bateria nominal ~44,9 kWh e autonomia Inmetro ~291 km (dados de fábrica/ficha técnica usados como referência). Preço da eletricidade residencial: R$ 0,88/kWh. Consideramos 10% de perdas/ineficiências na recarga (cabo, resistência térmica, conversão).
Carro a combustão (flex/gasolina hipotético): consumo médio 12 km/l. Preço da gasolina: referência ANP/relatórios 2025 ~ R$ 6,20/l (valor médio nacional em 2025; varia por região).
Cálculo para o elétrico (1.000 km)
Consumo energético médio (kWh/km) estimado:
bateria / autonomia ≈ 44,9 kWh ÷ 291 km ≈ 0,154 kWh/km.
Energia para 1.000 km ≈ 0,154 × 1.000 = 154 kWh.
Considerando 10% de perdas → energia retirada da tomada ≈ 154 × 1,10 = 169,4 kWh.
Custo em casa (R$ 0,88/kWh) → 169,4 × 0,88 ≈ R$ 149,07.
Resultado elétrico: ~R$ 149 por 1.000 km (carregando em casa com tarifa residencial de R$ 0,88/kWh).
Cálculo para o carro a gasolina (1.000 km)
Consumo: 1.000 km ÷ 12 km/l = 83,33 litros.
Custo: 83,33 × R$ 6,20 ≈ R$ 516,66.
Comparação direta:
Elétrico (recarga em casa): ~R$ 149 / 1.000 km → R$ 0,15 / km.
Combustão (12 km/l): ~R$ 517 / 1.000 km → R$ 0,52 / km.
Ou seja: cerca de 3,4 vezes mais barato rodar com eletricidade (em casa) do que com gasolina neste exemplo com os parâmetros escolhidos. Valores variam por tarifa de energia e por preço local da gasolina. Fontes e levantamentos do setor mostram variações semelhantes, reforçando que a recarga domiciliar tende a ser muito mais econômica por km do que abastecer com gasolina — especialmente quando o preço do kWh está abaixo de R$ 1,00.
Observação: se você recarregar em eletropostos públicos rápidos, o custo por kWh costuma ser mais alto — entre R$ 1,50 e R$ 2,00 por kWh em muitos pontos rápidos — o que aumenta o custo por km, mas ainda pode ficar competitivo frente à gasolina dependendo do preço local do combustível.
Custos de manutenção e revisão
Uma das grandes vantagens operacionais dos carros elétricos é a simplicidade mecânica. A ausência do motor a combustão elimina vários itens que hoje consomem tempo e dinheiro nas revisões regulares.
O que exige manutenção (principais itens)
Bateria principal: monitoramento, eventual reparo e — no longo prazo — substituição (veja seção própria sobre bateria).
Pneus: desgaste por uso normal; veículos elétricos podem gastar pneus um pouco mais rápido por serem geralmente mais pesados e por terem torque instantâneo.
Freios (pastilhas, discos): por conta do sistema de regeneração, a troca de pastilhas e discos tende a ocorrer com menor frequência do que em carros a combustão.
Sistema de arrefecimento (se aplicável): alguns elétricos têm circuitos de refrigeração para a bateria e eletrônica.
Suspensão/itens de cabine: filtros de cabine, alinhamento, suspensão — como em qualquer automóvel.
Itens que não existem (ou são muito reduzidos)
Troca de óleo do motor (R$ 0 por elétrico).
Velas de ignição, bomba de combustível, catalisadores, escapamento — todos esses itens desaparecem em carros 100% elétricos, reduzindo custos e visitas à oficina.
Custos médios de revisão (concessionárias)
As montadoras no Brasil apresentam pacotes de manutenção com preços variados. Em média, uma revisão básica em concessionária para um elétrico compacto costuma sair mais barata do que revisões de modelos de combustão equivalentes por não exigir trocas de óleo, porém poderá incluir verificações de alta tensão e diagnóstico. É comum ver revisões periódicas (por exemplo, 10k/20k km) com custo que pode variar por marca — a título de exemplo, algumas revisões podem custar algumas centenas de reais, enquanto outras (com verificações mais completas) chegam a R$ 1.000+. Pacotes de pós-venda e garantia também impactam o custo efetivo. Consulte sempre a concessionária da marca (BYD, GWM, Renault, Volvo etc.) para valores atualizados.
Tempo de vida útil da bateria
Relatos das fabricantes e estudos do setor indicam que a bateria de tração costuma manter boa parte da capacidade por 8 a 10 anos (ou mais) dependendo do uso, clima e cuidados de recarga — muitos fabricantes oferecem garantias de fábrica (por exemplo, 8 anos ou 150.000 km, dependendo do contrato). Por fim, a degradação é gradual; raramente a bateria “morre” do dia para a noite.
Comparativo simplificado de custos (exemplo por item)
Carro a Combustão
Troca de óleo a cada 10.000 km
Pastilhas de freio R$ 500–800
Filtro de ar R$ 100–200
Bateria principal R$ 5.000–R$ 40.000 (varia muito por modelo)
Item Carro Elétrico
Troca de óleo R$ 0
Pastilhas de freio (intervalo maior) R$ 300–500 (menos trocas)
Filtro de ar R$ 0–150
Bateria principal (substituição após 8–10 anos)
> Nota importante sobre bateria: valores de substituição de bateria variam muito — desde algumas dezenas de milhares de reais até cifras altas dependendo do modelo e do tamanho da bateria. Estudos e mercados apontam faixa ampla (US$ 5.000 a US$ 20.000 em alguns mercados) e, no Brasil, o custo pode se elevar devido à logística e importação. As tendências mostram queda do custo por kWh ano a ano, o que deve reduzir o valor de substituição no futuro.
O custo da recarga de bateria (tipos, tempos e preços)
Carregar em casa vs pontos públicos
Em casa (residencial): geralmente o método mais barato — tarifa residencial (R$ ~0,60–1,00/kWh dependendo da concessionária e bandeira). Carregadores de nível 2 (wallbox até 7–22 kW) oferecem carga segura e confortável durante a noite. Custo por kWh: tarifa da sua conta de luz.
Públicos AC (lentos/semirrápidos): em estacionamentos, supermercados — às vezes gratuitos ou com tarifa baixa; ideal para complementos durante o dia.
Públicos DC (rápidos/ultrarrápidos): encontrados em corredores rodoviários e alguns postos; custo por kWh pode variar entre R$ 1,50 e R$ 2,50/kWh (em muitos casos), porque incluem infraestrutura, serviço e amortização do equipamento. Mesmo assim, ainda são competitivos na comparação com gasolina em muitos cenários.
Tipos de carregadores e tempos típicos
Nível 1 (tomada doméstica 110/220V): muito lento — usado só em emergências.
Nível 2 (Wallbox, 7–22 kW): carga noturna completa para a maioria dos carros compactos (~4–10 horas dependendo da bateria).
DC rápido (50 kW, 150 kW, >150 kW): permite carga de 20% a 80% em 20–40 minutos em modelos compatíveis (depende da curva de carga do veículo).
Exemplo prático: recarregar um BYD Dolphin (44,9 kWh) totalmente em casa
Energia necessária (com 10% perdas): 44,9 × 1,10 ≈ 49,4 kWh.
Custo (R$ 0,88/kWh) → 49,4 × 0,88 ≈ R$ 43,47 para carga 0→100%. (Se considerarmos tarifa mais alta R$1,00/kWh → R$ 49,4). Compare com outros levantamentos que calculam recargas completas entre R$ 33 e R$ 60 dependendo da tarifa usada e do modelo.
Comparação com carro flex (12 km/l):
Para rodar 291 km (autonomia do Dolphin), o flex a 12 km/l consumiria ~24,25 litros → a R$ 6,20 → R$ 150, pouco acima da recarga completa doméstica do elétrico. Mesmo em recargas públicas rápidas (R$ 1,80/kWh), recarregar 44,9 kWh custaria ~R$ 80–90 — ainda menor que encher o tanque para rodar a mesma distância nesse exemplo.
Impostos, taxas e seguro
IPVA e incentivos estaduais
O tratamento tributário varia por estado. Em 2025 alguns estados mantiveram isenções ou descontos no IPVA para veículos elétricos (ou para veículos eletrificados), com destaque para políticas regionais que buscam incentivar a adoção. Estados do Nordeste e alguns centros urbanos têm oferecido isenções ou reduções significativas — por exemplo Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte chegaram a prever isenções totais para elétricos em certas condições, enquanto outros estados oferecem descontos parciais. Verifique sempre a legislação do estado onde o veículo será registrado.
Licenciamento e documentação
Os custos de licenciamento anual e taxas de transferência seguem as normas estaduais e federais (custos administrativos, emissão de CRV/CRLV etc.) — geralmente são valores fixos ou tabelados, próximos aos de um carro convencional, com variações locais.
Seguro
O seguro de carros elétricos tende a ser mais caro em média do que carros populares a combustão com preço similar, por alguns motivos:
valor do veículo (muitas vezes acima de similar a combustão);
custo de peças e substituição (touch-up de peças elétricas, eletrônica de potência);
necessidade de oficinas especializadas.
Contudo, com a expansão de oficinas especializadas e a maior disponibilidade de peças, o preço do seguro tem tendência a cair. Em muitos casos, o seguro pode ser competitivo com veículos premium de combustão. Para estimar, peça cotações com seguradoras (perfil do motorista, região, históricos e versões do veículo influenciam muito).
Dica: o seguro tende a ficar mais barato com o tempo à medida que a rede de oficinas especializadas e a oferta de peças aumentarem — por isso, considerar o mercado local e as cotações de 3–4 seguradoras é essencial.
Economia no longo prazo (TCO — Total Cost of Ownership)
O que compõe o TCO
Total Cost of Ownership inclui:
custo de aquisição (entrada/financiamento);
depreciação;
combustível/energia;
manutenção e revisões;
seguro;
impostos (IPVA);
eventuais substituições grandes (bateria fora da garantia).
Ao somar tudo, vários estudos e simulações indicam que em 5–10 anos o elétrico pode compensar financeiramente um automóvel convencional, dependendo do perfil de uso (quilometragem anual), preço local da energia/combustível e incentivos regionais. Para quem roda muito (muitos km/ano), o payback costuma ser mais rápido por conta do baixo custo por km elétrico.
Cálculo simples (exemplo de economia em 5 anos)
Supondo um motorista que rode 15.000 km/ano (75.000 km em 5 anos):
Carro elétrico — custo energia
Custo por 1.000 km (calc. anterior): R$ 149 → custo anual ≈ 15 × R$ 149 = R$ 2.235 → 5 anos = R$ 11.175.
Carro combustão (12 km/l) — combustível
Custo por 1.000 km: R$ 517 → anual ≈ 15 × R$ 517 = R$ 7.755 → 5 anos = R$ 38.775.
Economia em combustível/energia (5 anos): R$ 38.775 − R$ 11.175 = R$ 27.600.
A isso somam-se economias em manutenções rotineiras (troca de óleo, menos pastilhas, etc.) e diferenças em seguro/IPVA conforme estado e modelo. É plausível projetar uma economia total entre R$ 10.000 e R$ 30.000 em 5 anos para muitos perfis, especialmente para veículos compactos/usuários com alta quilometragem. Claro que depende de preço de compra, subsídios, condição de mercado e preço da energia.
Sustentabilidade e incentivos
Benefícios ambientais
Carros elétricos reduzem emissões diretas de CO₂ e poluição local (sem escapamento), além de menor ruído. A redução de emissões depende, contudo, da matriz energética: quanto mais a geração for limpa (hidrelétrica, solar, eólica), maior o ganho ambiental. No Brasil a matriz elétrica é relativamente limpa comparada a muitos países, o que amplia o benefício climático do EV.
Incentivos e políticas públicas
Além de isenções de IPVA em alguns estados, políticas locais podem incluir crédito facilitado, zonas de livre circulação urbana e investimentos em infraestrutura de recarga. Municípios e estados com planos de mobilidade urbana têm lançado parcerias público-privadas para ampliar eletropostos.
Reciclagem de baterias
Montadoras e players do setor têm anunciado projetos e parcerias para reciclagem e reutilização de baterias (segundo vida, armazenamento estacionário), o que reduz o impacto ambiental e cria oportunidades econômicas na cadeia. À medida que esse mercado cresce, os custos de descarte e de reposição da bateria devem ficar mais previsíveis e potencialmente menores.
Desafios e custos ocultos
Embora a conta operacional favoreça o elétrico em muitos cenários, há pontos que merecem atenção.
Falta de infraestrutura em algumas regiões
Em grandes centros (SP, RJ, parte do Sul e Sudeste) a oferta de pontos de recarga cresce rápido. Em áreas remotas ou cidades menores, a infraestrutura ainda é incipiente. Para quem faz viagens longas por regiões com poucos eletropostos, o planejamento é essencial. A ABVE e mapas de operadoras mostram expansão, mas ainda há concentração regional.
Tempo de recarga em viagens longas
Mesmo com ultrarrápidos, a recarga ainda consome mais tempo que um abastecimento tradicional (carregar 20–80% em 20–40 minutos em estações DC é comum), o que impacta logística de viagens longas. Isso não é um “custo monetário” direto, mas sim de conveniência/tempo.
Substituição de bateria fora da garantia
Se a bateria precisar ser substituída fora da garantia, o custo pode ser significativo — variando muito por modelo e pela disponibilidade. Alguns relatórios apontam faixas amplas (US$ 5.000 a US$ 20.000) — no Brasil esses custos podem ser maiores por logística/importação. Por isso, é crucial verificar garantia de bateria oferecida pela fabricante.
Dificuldade de achar peças ou mão de obra (em cidades menores)
No início da curva de adoção, peças e oficinas especializadas eram escassas; isso está mudando, mas depende do modelo e da região. Considere rede de assistência técnica ao escolher o veículo.
Como reduzir esses custos ocultos
Instalar painéis solares em casa: gerar sua própria energia reduz custo por kWh e amortiza o investimento do wallbox;
Planejar viagens com apps de recarga (roteirizadores): evita ficar sem opção em longas rotas;
Manter revisões preventivas em concessionárias autorizadas nos primeiros anos (preserva garantia e valor do carro);
Consultar seguro e oficinas locais antes da compra (verificar rede de atendimento).
Modelos com melhor custo-benefício em 2025 (exemplos práticos)
A lista de modelos e preços varia com promoções, versões e disponibilidade. Abaixo, exemplos típicos encontrados em 2025 (faixas e números referenciados em catálogos e reportagens):
Modelo Autonomia (Inmetro) Custo por km (estim.) Preço médio
BYD Dolphin
291 km R$ 0,15–0,20/km (carga residencial) R$ 139.800–R$ 159.990.
GWM ORA 03
300 km R$ 0,16–0,22/km R$ 154.000–R$ 187.000 dependendo da versão.
Renault Kwid E-Tech
180 km R$ 0,12–0,14/km R$ ~99.990 (versões de entrada, promoções variam).
Volvo EX30 (premium)
338 km (varia por versão) R$ 0,16–0,20/km Preço premium > R$ 250.000 (exemplo referencial).
> Observação: custo por km é fortemente influenciado pelo preço do kWh escolhido para o cálculo (residencial vs público rápido) e pelo estilo de condução. As autonomias usadas nos cálculos são as informadas pelas fabricantes / Inmetro.
O futuro dos custos com carros elétricos
Há três tendências claras que devem baixar os custos totais nos próximos anos:
1. Redução do preço das baterias: nos últimos anos o preço por kWh caiu muito; análises e notícias de 2025 confirmam quedas adicionais e ganhos de eficiência na cadeia, o que tende a reduzir o preço final dos veículos e a substituir baterias no futuro a custo menor.
2. Expansão da infraestrutura pública e privada: investimento de redes de postos, shoppings e rodovias em eletropostos reduz o “custo de oportunidade” de viajar com elétrico e cria mais competição nos preços de recarga.
3. Integração com energia solar e armazenamento doméstico: cada vez mais proprietários instalam painéis e baterias residenciais para reduzir custo efetivo da recarga, principalmente em regiões com tarifa elevada.
Combinadas, essas tendências devem tornar o custo total de propriedade mais favorável aos elétricos, acelerar a queda do preço de compra e reduzir a incerteza sobre substituição de baterias.
Conclusão — vale a pena ter um elétrico em 2025?
Em linhas gerais:
Se você roda muito (muitos km/ano): a economia em energia e manutenção tende a pagar o investimento inicial mais rápido. Para frotas e motoristas que rodem acima de 10–15 mil km/ano, a vantagem é clara.
Se você roda pouco e mora em área com infraestrutura fraca: pode fazer sentido esperar um pouco mais ou avaliar híbridos por conveniência.
Para quem pode instalar um wallbox e, preferencialmente, gerar energia solar: o elétrico se torna uma opção muito atraente do ponto de vista econômico e ambiental.
Os números e simulações que apresentamos (baseados em tarifas e dados de 2025) mostram que o custo por km com energia elétrica em casa é muito menor que o custo equivalente com gasolina em quase todos os cenários, mesmo considerando perdas de recarga e uso eventual de eletropostos rápidos. Além disso, a manutenção tende a ser menos complexa e menos cara no dia a dia — com a ressalva da substituição de bateria no longo prazo, que é um custo relevante a ser considerado.
















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